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Parentesco perdido?

quarta-feira, 13 de junho de 2007


Como estudante de História, posso dizer que é difícil encontrar alguma prova que autentique a crença na presença de exploradores europeus na América, antes de Colombo. Contudo, há indícios que não devem ser ignorados e que, com uma boa dose de desprendimento ao ceticismo, devem ser vistos com mais cuidado. Eu não estou falando da Pedra Rúnica de Kensington ou da Pedra do Ingá, na Paraíba, ou ainda dos vestígios vikings de L’Ance-aux-Medeaux, no Labrador, e sim, das semelhanças lingüísticas entre povos tão distantes uns dos outros como, por exemplo, os povos da tribo Mandan e os Galeses. Uma descoberta interessante ocorreu no final do século XVIII, quando um grupo inglês de levantamento territorial trabalhava no território da Louisiana. Há relatos de que vários membros do grupo, que falavam o galês, conseguiam compreender os membros da tribo Mandan, que falavam uma língua que parecia diretamente derivada do idioma galês. Por exemplo: pão em galês é “barra”, em mandan é “bara”; velho em galês é “hen”, em mandan é “her”; azul em galês é “glas” assim como em mandan. E as semelhanças não param por aí. O comandante da expedição inglesa supunha que os mandans fossem descendentes de uma expedição histórica, liderada pelo príncipe Madoc de Gales, que havia partido para o Ocidente em 1170 e da qual nada mais se soubera desde então. Segundo o próprio comandante, os mandans possuíam pele clara e muitos deles tinham olhos cinzentos ou azuis, e as mulheres eram “extremamente belas”. A tribo Mandan foi posteriormente dizimada por doenças. Os poucos sobreviventes misturaram-se aos Sioux, tribo que habitava um território mais ao norte. Os mandans continuaram empregando palavras galesas e preservando tradições da mesma origem até desaparecerem por completo. Para quem quiser ler mais sobre a expedição do príncipe galês, acesse Madoc 1170 – Europeans in America.

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